sexta-feira, 18 de setembro de 2009

AIAV

Em janeiro de 2007 embarquei sem saber ao certo o que me esperava no outro lado do mundo. Estive 3 meses no Akiyoshidai International Art Village, em Yamaguchi, no sudoeste do Japão.
A proposta era investigar os ideogramas de origem chinesa, os kanjis, e experimentar a caligrafia sobre água.

Sumi-mizu

Mizushodö

(sumi - nanquim
mizu - água
shodö - caligrafia)




In January of 2007, I travelled without knowing what exactly was waiting for me in the other side of the globe. I was during 3 months in the Akiyoshidai International Art Village, in Yamaguchi, southwest of Japan.
The purpose was to investigate the ancient ideograms that had come from China, the kanjis, and experiment calligraphy over water.

Sumi-mizu

Mizushodö

(sumi - black ink
mizu - water
shodö - calligraphy)

texto de Paula Gaitan

Paula Gaitan escreveu estas impressões sobre a série de fotos SUMI em 2006:


"No começo está o alto
Entretanto, mais além se encontra a idéia.
E como o infinito não possui
nenhum começo determinado, como um círculo
a idéia pode ser o que vem primeiro"
Paul Klee


Linhas, pontos, círculos, escamas, redemoinhos, traços em movimentos fluidos, numa intensa caligrafia que se dispersa na água.
Um grafismo quase invisível, gesto do acaso, que se materializa nesta série de fotos da artista visual carioca Marina Fraga.
São imagens de formas efêmeras, linhas aquosas que se constroem e desconstroem em milésimos de segundos.
Imagens que pertencem ao território do sonho.
Em todo esse universo poético e sensível da artista, o que se dá é o movimento líquido das formas na superfície da água-tela.
Se formasm e se desmancham rapidamente, entrelaçando-se e formando manchas difusas, como nuvens que se espalham lentamente, com superposições e variações de intensidade na tinta.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

primeiros experimentos

No fim de 2006, num impulso de me aproximar da pintura, comprei um vidro de nanquim e um pequeno pincel. Sem técnica alguma, fiz algumas pinturas, sempre insatisfeita com os resultados. Na manhã seguinte, experimentei lançar gotas de nanquim sobre um prato com água. Algo acontecia ali. No movimento de dissolução, a tinta se movia e criava formas. Cada gota gerava uma série de imagens autônomas. Resolvi fotografar o experimento. Não sabia que isto me levaria a desenvolver uma série de trabalhos, primeiro em foto, depois em video e super8mm. Estão aqui algumas das primeiras imagens que fiz.





In the end of 2006, in a sudden will to bound with painting, I bought a bottle of indian ink and a small brush. Without any technique, I did some paintings, and always got unhappy with the results. In the next morning, I experimented dropping some drips of ink in a dish full of water. Something happened. I photographed. Didn't know that it would be the start of a series of works, first in photography, later in video and super8mm film. Here are some of the first images.